O ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, foi condenado a três anos e oito meses de prisão. A pena é relativa à ação penal em que ele e outros cinco réus respondiam por uma obstrução à Justiça apontada durante e após a deflagração da Operação Sangria, e que acabou resultando na segunda fase da operação. A decisão é do juiz Paulo Cezar Alves Sodré, da Sétima Vara Criminal da Justiça Federal em Cuiabá.
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A Operação Sangria investigou supostas irregularidades em licitações e contratos firmados entre a Prefeitura de Cuiabá e as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações. A primeira fase da operação foi deflagrada em dezembro de 2018 e até hoje o inquérito policial que apura o caso não foi concluído.
O magistrado absolveu o ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Flávio Alexandre Taques da Silva, e o gestor administrativo do Grupo Prox (Qualycare e Proclin), Fábio Alex Taques Figueiredo. Ele condenou ainda Fábio Liberali Weissheimer, Luciano Correa Ribeiro, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo e Celita Natalina a penas alternativas, como serviços a comunidade. Alguns deles inclusive tiveram parte da pena já descontada por conta do período de mais de um ano em que foram monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
A substituição por pena alternativa também foi concedida ao ex-secretário. Ele, no entanto, terá que pagar uma multa de R$ 58 mil, determinada pelo magistrado. Ele apontou que a postura dos réus, de acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, foi reprovável e censurável.
“É totalmente reprovável e censurável a conduta dos acusados que tentaram impedir e efetivamente embaraçaram investigação policial instaurada para apurar a prática de crimes praticados no contexto da administração da saúde pública, área tão sensível, da qual depende enorme parcela da população, em sua grande maioria carente, de baixa renda”, diz a decisão.