A alfabetização é um marco fundamental na vida das pessoas e um dos maiores desafios da educação brasileira. Segundo dados da Agência Gov, cerca de 56% das crianças da rede pública estavam alfabetizadas na “idade certa” ao final do 2º ano do ensino fundamental, em 2023. Em 2024, o índice subiu para 59,2%, aproximando-se da meta nacional de 60%.
No cenário atual, cada vez mais conectado e digital, alfabetizar vai muito além de ensinar letras e números. A presença crescente da inteligência artificial (IA) na rotina escolar e familiar vem transformando a forma como as crianças aprendem, interagem e se relacionam com o conhecimento.
De acordo com a professora Esther Cunha, pedagoga da Afya Centro Universitário de Itaperuna, alfabetizar na era da IA exige um olhar sensível e atento dos educadores. “A tecnologia pode potencializar o ensino, oferecendo recursos personalizados e interativos. Mas é fundamental que o professor continue sendo o mediador, estimulando o pensamento crítico e o raciocínio lógico dos alunos”, destaca.
Ela alerta, porém, que o uso excessivo das telas pode gerar dependência, dispersão e prejuízos à concentração. “A IA não substitui o vínculo humano e o papel do educador. A alfabetização é também um processo afetivo e social, que envolve escuta, convivência e construção coletiva do saber”, reforça.
O professor de psiquiatria da Afya Vitória, Dr. Rodrigo Eustáquio, acrescenta que o aspecto emocional é determinante no aprendizado. Segundo ele, o cérebro infantil aprende melhor em contextos de segurança afetiva e vínculo, algo que só o professor e a família podem proporcionar por meio da empatia, do acolhimento e da atenção às questões emocionais da criança. “Nenhuma ferramenta tecnológica é capaz de reproduzir esses sentimentos. O uso inadequado das telas pode gerar ansiedade, impulsividade e dificuldades de concentração. Por isso, é essencial que pais e educadores orientem o uso equilibrado da tecnologia, para que ela seja uma aliada, e não uma distração”, destaca.
Por outro lado, quando aplicada de forma intencional e pedagógica, a inteligência artificial oferece benefícios significativos. Ferramentas e plataformas educativas inteligentes podem identificar dificuldades individuais, propor atividades personalizadas e adaptar o ritmo de aprendizado de cada aluno. De acordo com Esther, essas tecnologias ajudam o professor a personalizar o ensino e tornam o aprendizado mais lúdico e envolvente, e, quando bem aplicadas, despertam o interesse das crianças pela leitura e pela escrita.“A alfabetização digital deve caminhar junto com a alfabetização tradicional. O grande desafio é ensinar as novas gerações a aprender com a tecnologia, mas também a pensar por conta própria”, conclui Esther.
4 maneiras pelas quais a Inteligência Artificial pode apoiar a alfabetização infantil
Entre as formas apontadas pelos especialistas de como a tecnologia pode contribuir para o desenvolvimento das crianças estão:
- Personalização do ensino: a IA identifica o ritmo e as dificuldades individuais de cada aluno, oferecendo atividades sob medida para reforçar pontos específicos de aprendizagem.
- Recursos interativos e lúdicos: jogos educativos, aplicativos e plataformas com elementos de gamificação tornam o processo de alfabetização mais envolvente e prazeroso.
- Acompanhamento em tempo real: professores podem monitorar o progresso das crianças e ajustar estratégias pedagógicas com base em dados coletados pela tecnologia.
- Inclusão e acessibilidade: ferramentas de voz, leitura automática e reconhecimento de escrita auxiliam crianças com dificuldades de aprendizagem, promovendo mais equidade no processo educacional.
Sobre a Afya
A Afya, maior ecossistema de educação e soluções para a prática médica do Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior, 33 delas com cursos de Medicina e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde em todas as regiões do país. São 3.753 vagas de Medicina aprovadas pelo MEC e 3.643 vagas de Medicina em operação, com mais de 24 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da Medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de Medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil e “Valor 1000” (2021, 2023, 2024 e 2025) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do Pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em: www.afya.com.br eir.afya.com.br.
